No dia 7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde. A cada ano é escolhido um tema central e, frente à pandemia de coronavírus, o dia da saúde ganha ainda mais significado. Neste dia, cabe a reflexão sobre o papel dos profissionais da saúde e dos cientistas no combate aos avanços da COVID 19.
A biotecnologia também está intimamente ligada a este momento, pois fornece novas tecnologias para o diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. Acerca do diagnóstico, a ferramenta biotecnológica da vez é a RT-PCR (Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real), que permite o diagnóstico preciso e a tempo hábil de infecções por coronavírus, pois é capaz de detectar o material genético (neste caso RNA) do vírus em amostras.
Há outros métodos mais rápidos em fase de desenvolvimento e testes para ampliar o alcance de mais pessoas ao diagnóstico. Há testes capazes de determinar um resultado em minutos, a maioria do tipo imunocromatográfico, no qual, quando um reagente entra em contato com a amostra a ser testada, detecta-se a presença de anticorpos nesta amostra e se houver anticorpos, isto significa que a pessoa já foi infectada com o vírus Sars-cov-2, causador da COVID 19.
Universidades e empresas voltadas à biotecnologia estão concentrando recursos e esforços para gerar soluções inovadoras. A Biotecam, uma startup de biotecnologia ambiental na UFRJ, em parceria com o Instituto Federal Fluminense e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), adaptou um dispositivo que era utilizado na limpeza de água contaminada em rios para realizar a limpeza do ar com a finalidade de eliminar o coronavírus de ambientes como hospitais e reduzir a taxa de transmissão da doença. O grande diferencial desta tecnologia está no fato de que ela requer 50% menos energia frente a tecnologias similares.
A biotecnologia é referida por muitos como uma ciência multidisciplinar por poder atuar em áreas tão distintas, desde a produção de alimentos até a preservação do meio ambiente. O papel da biotecnologia no combate à COVID 19 evidenciou muito o seu potencial para atuar na área da saúde. Além disso, o papel das universidades e empresas juniores da área é fomentar o empreendedorismo para que cada vez mais estudantes de biotecnologia estejam capacitados a planejar e executar suas inovações.
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